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Paul Strassmann em discurso directo

O ingrediente que falha

Paul Strassmann As melhorias na produtividade desde o princípio dos anos 90 não são derivadas dos investimentos em tecnologias de informação?

P.S. - Algumas são - mas a MAIORIA não. Há muitos outros factores a tomar em linha de conta, para além dos computadores, na melhoria da produtividade, pelo menos nos Estados Unidos, de acordo com o estudo que realizei. O problema é que grande parte das estatísticas governamentais são enganadoras.

O Nobel Robert Solow falava do paradoxo da produtividade na primeira metade da Terceira Vaga. Mas, agora, estamos noutra época. A massificação do correio electrónico nas empresas, do acesso à Internet, da revolução da Web e da emergência do comércio electrónico, nos últimos cinco anos, não teve ainda impacto visível na produtividade?

P.S. - Falta a evidência empírica.

Mas, então, o que é que falha?

P.S. - O ingrediente crítico que falta é uma compreensão correcta, a nível dos executivos e dos níveis de decisão, de como investir BEM em tecnologias de informação.

Paradoxalmente, é nas firmas pequenas e que gastam menos em tecnologias de informação, que encontramos amiúde maior crescimento da produtividade?

P.S. - Efectivamente, segundo os dados empíricos.

E as «start-ups» da última vaga estão incluídas nessa constatação?

P.S. - Não. Não há, ainda, história suficiente sobre elas que possibilite fazer um tal julgamento.

As suas conclusões são sobretudo derivadas dos seus estudos nos Estados Unidos. Podemos generalizá-las a outros países da OCDE?

P.S. - Não. Realizei estudos no Reino Unido, onde os padrões são muito parecidos aos dos EUA. Mas não gostaria de tirar outras conclusões sem se apoiarem em factos.

Já realizou estudos em Portugal?

P.S. - Sim. Examinei 15 entidades portuguesas e analisei a sua informação sobre produtividade. Duas empresas do grupo Portugal Telecom, dez bancos e três seguradoras.

E quer tirar alguma conclusão?

P.S. - Não. São estudos sob contrato. Direi, em termos gerais, que muitas das empresas portuguesas a que me referi não incluem nos seus relatórios e contas um conjunto essêncial de custos que são fundamentais para as minhas avaliações.

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